segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

DICA DE VESTIBULAR: HPV (PAPILOMA VÍRUS)

:: A Doença


A infecção pelo HPV é a doença sexualmente transmissível mais comum atualmente. Esse grupo de vírus inclui mais de 100 subtipos diferentes, dos quais mais de 30 são transmissíveis por via sexual, podendo causar infecções genitais tanto em mulheres como em homens.

Dos subtipos que produzem infecções genitais, há dois grandes grupos. Os HPVs de alto risco são aqueles que podem levar a alterações do teste Papanicolau e evoluir para câncer de colo de útero e de outras regiões do trato genital. Os HPVs de baixo risco produzem lesões discretas do teste Papanicolau e também lesões do tipo verrugas genitais. Em geral, este grupo de vírus não está associado à evolução para lesões malignas.

As infecções pelo HPV ocorrem em áreas como vulva, vagina, colo uterino, região perianal, reto e diferentes regiões do pênis.

Estima-se que 50% dos homens e mulheres sexualmente ativos vão adquirir o vírus em algum momento de suas vidas. Como a maior parte dos contaminados produz pouco ou nenhum sintoma, grande parte não sabe que está infectada.

Sabe-se que após alguns meses depois da infecção existe uma eliminação natural do vírus e 90% das mulheres infectadas estarão livres do vírus após dois anos.

:: A Vacina


O Fleury oferece dois tipos de vacinas contra o HPV, a bivalente e a quadrivalente. A vacina quadrivalente reduz o risco de infecção causada por quatro subtipos do HPV (6, 11, 16 e 18). Dois deles (6 e 11) estão relacionados a 90% das verrugas genitais. Os outros dois (16 e 18) estão implicados como causa de 70% dos cânceres de colo de útero. Esta vacina é aplicada somente em mulheres de 9 a 26 anos. A vacina bivalente é indicada para a prevenção de infecção causada pelos subtipos 16 e 18 e é aplicada somente em mulheres de 10 a 25 anos.

O motivo dessa restrição é que os grupos estudados durante a fabricação das vacinas se restringiam a mulheres com essas faixas etárias. Embora homens também adquiram o HPV em proporção similar às mulheres, estudos com esse público ainda estão em andamento e a vacina ainda não é indicada para esse grupo. Num futuro breve, conforme novos estudos forem realizados, provavelmente haverá mudanças nessa recomendação e outros públicos poderão ser imunizados.

Pelo mesmo motivo, as vacinas ainda não estão liberadas para gestantes. Caso uma mulher que tenha recebido uma das vacinas descubra que está grávida, deverá aguardar até o fim da gestação para complementar o esquema vacinal.

As mulheres que ainda não iniciaram sua vida sexual terão o maior benefício das vacinas, mas elas também podem ser úteis para as que já têm vida sexual ativa. No entanto, caso já tenham se infectado pelo HPV, essas vacinas não facilitarão cura ou impedirão a evolução para displasias ou cânceres de colo de útero.

As vacinas atuais são de uso exclusivamente preventivo, não tendo nenhum papel no tratamento de lesões genitais ou na eliminação de infecções pelo HPV prévias.

O esquema vacinal de ambas as vacinas preconiza a aplicação de três doses. Para a quadrivalente as doses são aos 0, 2 e 6 meses e para a vacina bivalente, as doses são aos 0, 1 e 6 meses.

Devido à falta de estudos de longo prazo, recomenda-se seguir o calendário vacinal o mais próximo possível das datas preconizadas. Caso as vacinas não possam ser feitas no dia determinado, elas devem ser aplicadas o mais próximo possível. Havendo atraso de alguns dias ou semanas, não haverá perda do efeito das vacinas.

Os efeitos colaterais mais comuns são: dor no local de aplicação, febre, dores musculares e mal-estar geral. Há relatos de síncopes após a aplicação da vacina. Embora este sintoma não pareça ter relação direta com a vacina do HPV, qualquer efeito colateral deve ser reportado ao médico.

FONTE: Fleury laboratórios